A nova pesquisa do New York Times/CBS News, publicada em 25 de outubro é de assustar qualquer político americano.
Arquivo da tag: politica interrnacional
Saudades de George Bush?
Depois de George Bush, os republicanos conseguiram o que parecia impossível: presidenciáveis que deixam o invasor do Iraque quilômetros para trás em matéria de direitismo e irracionalidade.
Atentado ou armação?
Chefões da Quds Force, a linha de frente da Guarda Revolucionária, decidem assassinar o embaixador da Arábia Saudita nos EUA. Autorizados pelas altas autoridades do governo, escolhem um vendedor de carros usados americano-iraniano para ser o agente. Ele contrata uma gang de traficantes mexicanos para fazer o serviço por 1,5 milhão de dólares, informando ao representante da gang quem está por traz da operação.
Excepcionalismo americano: a lei não é igual para todos
As abstenções do Brasil na ONU, no julgamento de propostas contra a Síria e a Líbia por ataques a civis, tinham um significado claro. O Brasil discordava do fato de só haver condenações contra regimes hostis ou inamistosos em relação à chamada “comunidade internacional”, leia-se EUA e aliados. No Iemen e no Bahrein, idênticas violências eram praticadas sem que o Conselho de Segurança se importasse.
Guerra e paz no partido republicano
Não é por coincidência que, nos EUA, os falcões civis e militares costumam aninhar-se no Partido Republicano. Para o Great Old Party, a guerra está longe de ser o último recurso para resolver questões envolvendo a hegemonia americana. Muito pelo contrário.
Primavera americana
“Nós somos os 99 por cento que não mais tolerarão a ganância e a corrupção do 1 por cento” (manifestante do movimento Occupy Wall Street)
Tudo começou com uma convocação pela Adbuster, revista de um obscuro movimento anti consumerista de origem canadense. E, em 17 de setembro, cerca de 1.000 jovens realizaram uma passeata por Wall Street, protestando contra as corporações responsáveis pela crise que assola o país.
Desse dia em diante, o movimento, conhecido pelo nome de ‘Occupy Wall Street”, não parou de crescer. As manifestações de protesto continuam dia após dia e a partir de 2 de outubro com o apoio e participação de 12 sindicatos nacionais e 20 grandes associações comunitárias. De Nova Iorque, o movimento se espalhou por todo o país. Em outubro já se realizaram ou estão programadas passeatas e ocupações de espaços públicos em 147 cidades, de 47 estados.
“Occupy Wall Street” se inspira nos movimentos da Primavera Árabe. Como ela, não tem líderes, nem uma clara definição ideológica. Surgiu para denunciar as corporações, que controlariam o governo, e sua ganância responsável pelos gravíssimos problemas atuais. Como os movimentos árabes, essa “Primavera Americana” pretende mobilizar multidões, num número cada vez maior de cidades, em manifestações sem data de encerramento prevista.
Você encontra defensores das mais diferentes propostas para enfrentar a crise. Gente de todo tipo. Como um dos seus comunicados explica: ”Nós somos sindicatos, estudantes, professores, veteranos, famílias, os desempregados e os sub empregados. Nós somos de todas as raças, sexos e credos religiosos. Nós somos a maioria, os 99%. E não ficaremos mais calados.”
E não ficaram mesmo. Apesar da grande abertura ideológica do movimento, observa-se nas manifestações da maioria uma nítida rejeição do establishment . No dia 29 de setembro, realizou-se a primeira assembléia pública para discussão de idéias. Transcrevo a seguir alguns dos pontos principais.
‘.. nenhuma democracia real é atingível quando o processo é determinado pelo poder econômico…as corporações, que colocam o lucro antes das pessoas, o interesse próprio antes da justiça, e a opressão antes da igualdade controlam nosso governo. Elas determinaram a política econômica, apesar dos fracassos catastróficos que essas políticas produziram e continuam a produzir.
Elas doaram enormes quantidades de dinheiro a políticos cuja obrigação era regulá-las.Elas continuam a bloquear formas alternativas de energia para nos manter dependentes do petróleo. Elas continuam a bloquear formas genéricas de remédios que poderiam salvar vidas das pessoas para proteger investimentos que já deram lucros substanciais. Elas deliberadamente esconderam vazamentos de petróleo, acidentes, arquivos falsificados e ingredientes inativos, tudo na busca do lucro. Elas deliberadamente mantiveram as pessoas mal informadas e medrosas através de seu controle da mídia. Elas perpetuaram o colonialismo dentro e fora do país.
Elas participaram da tortura e do assassinato de civis inocentes em outros países. Elas continuam a criar armas de destruição em massa para receber contratos do governo.”
Estas conclusões são verdadeiramente revolucionárias. Implicam em contestações frontais de diversas políticas costumeiramente seguidas ou toleradas pelos governos americanos. Como os árabes, os jovens americanos querem mudanças fundamentais, inaceitáveis para os grupos políticos e econômicos que estão no comando do país. Se terão algum êxito é difícil de prever. No entanto, quanto mais durar a “Primavera Americana”, mais a população, particularmente a juventude, passará por um processo de politização crescente. Os políticos soi disant liberais e progressistas terão de levar isso em conta e começarem a pensar mais nos interesses do povo do que dos seus financiadores.
Almejando uma revolução, o Occupy Wall Street não poderia mesmo ser tratado com gentileza pelos poderes constituídos. Na civilizada Nova Iorque, a polícia reprimiu violentamente a maior passeata realizada pelo movimento. 700 participantes foram presos e devidamente fichados, devendo ser processados por crimes ligados à perturbação da ordem.
A esse propósito, gostaria de citar uma frase de Gandhi:
“Primeiro eles nos ignoram, depois eles nos ridicularizam, depois eles nos atacam. Aí nós ganhamos.”
Isenções milionárias: desenvolvimento ou privilégio?
Quando o governo americano pediu ao Congresso licença para aumentar seu endividamento e assim poder pagar seus credores, você viu o que aconteceu. Os congressistas do Partido Republicano quase levaram os EUA à falência na defesa das isenções de impostos que Bush havia concedido aos milionários. Obama acabou tendo de renunciar a essa idéia e aceitando buscar em outras fontes os recursos para salvar o país do default.
EUA: a disputa pelo voto judeu
Segue firme a campanha de caça ao voto e às carteiras dos judeus americanos.
Custos humanos: o saldo dramático das guerras americanas
Até outubro deste ano, havia 6.300 soldados mortos e mais de 100 mil feridos nas guerras do Iraque e do Afeganistão. É apenas uma parte do custo humano que o povo americano está pagando pelas guerras do governo Bush.
Um segundo furacão ataca em Nova Iorque
Ao lado do Irene, o ex Vice-Presidente dos EUA, Dick Cheney, foi notícia na 2ª feira passada, em Nova Iorque, com o lançamento de suas memórias.