Um dia de vergonha para os EUA.

Bradley Manning revelou ao público fatos negros da política americana no Oriente Médio.

Barack Obama, que prometera ser o governo mais transparente da história, deveria promovê-lo por isso. Graças a Manning ficou conhecendo erros que poderiam ser corrigidos.

Mas, em entrevista à imprensa americana, meses antes do julgamento, ele declarou que Manning violara a lei e, portanto, teria de ser punido.

Não levou em conta esse argumento quando decretou que as torturas e assassinatos praticados pela CIA na era Bush deveriam ser esquecidos. O passado já era.

Muito a propósito o desabafo do presidente da “União Americana de Direitos Civis”, no dia da condenação de Manning: “Quando um soldado que compartilhou informações com a imprensa e com o público é punido de um modo muitas vezes mais severo do que outros que torturaram prisioneiros e mataram civis, algo está seriamente errado no nosso sistema de justiça.”

Enviado à prisão por ser fiel aos princípios de liberdade e justiça, em que se baseia a Constituição da América, Bradley Manning é um autêntico herói, jamais um réu.

Réus são os responsáveis por este dia de vergonha.

 

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