Embora tendo vencido as eleições parlamentares alemãs com 41,5% dos votos, Ângela Merkel vai precisar dos socialistas para formar seu novo governo.
Os liberais com quem costumava dividir o poder não obtiveram os 5% de votos necessários para eleger um deputado.
O SPD (Partido Social Democrata), cuja votação somou 25,7%, chegou a um acordo inicial com a primeiro- ministro depois de 17 horas de discussões.
No entanto, ele só se concretizará caso os militantes do partido o aprovem em referendo que se realizará em dezembro. O que é considerado certo.
Nos entendimentos com os socialistas, o Partido Democrata Cristão, de Merkel, aceitou incluir na agenda do novo governo diversas propostas dos até então adversários:
– salário mínimo de 8,50 euros por hora (cerca 27 reais);
– aposentadoria antecipada de 67 para 63 anos;
– duplo passaporte para quem nasceu na Alemanha e tem passaporte de país fora da comunidade européia. Antes era necessário escolher entre os dois;
– controle dos aluguéis nas grandes cidades.
Fala-se que haveria também maiores pensões para mães pobres e mães que não trabalham.
Estas medidas representarão pesadas despesas para a economia do país, o que reduzirá a competitividade externa dos seus produtos..
O grande desafio, porém, será conseguir promover todas elas sem precisar aumentar os impostos.
Outra mudança que, aliás, já seria conseqüência do alinhamento do novo governo alemão, foi a condenação do uso dos drones.
A revista Der Spiegel publicou declaração conjunta dos dois partidos, socialista e democrata-cristão, que dizia:”Nós rejeitamos categoricamente as mortes ilegais causadas pelos drones.”