Antes de tomar posse, Lieberman já começou a mostrar a que veio.
Como condição paa assumir seu ministério exigiu que a maioria governamental acelerasse a aprovação de lei sobre a pena de morte já correndo no parlamento.
Netanyahu não vacilou em dar seu OK.
Atualmente já existe essa pena em Israel, que deve ser aplicada em indivíduos culpados de traição ou genocídio. O que nunca aconteceu no país.
A diferença da nova lei é que sua jurisdição passa a ser exclusiva dos tribunais militares.
Surgiram preocupações na base aliada do governo no parlamento.
O deputado Kulanu teme que, devido à tradicional severidade dos juízes militares, as execuções virassem rotina.
Os caciques do Likud (partido de Netanyahu) o tranquilizaram.
Na prática, somente palestinos estarão sujeitos à pena de morte.
Judeus jamais, mesmo que condenados pela prática dos mesmos crimes sujeitos à punição capital.
Aplicar a nova lei é uma prerrogativa dos tribunais militares, onde apenas palestinos são julgados. Os judeus tem direito a julgamento por tribunais civis, que não podem condenar ninguém à morte.
Trata-se de uma clamorosa discriminação racial, que vai certamente provocar críticas pesadas da opinião pública internacional.
E os problemas vão além de mais essa lei nada compatível com a democracia.
Ninguém duvida que os duros juízes militares considerem terrorismo uma forma de traição, tornando seus autores sujeitos à pena capital.
Na Cisjordânia ocupada, os soldados frequentemente detêm palestinos, até mesmo menores de idade, como terroristas. Ás vezes por simples suspeita.
Há razões para se recear que a aprovação da lei exigida por Lieberman cause uma verdadeira onda de condenações à morte de palestinos.
. Que a discriminação preconceituosa é repugnante, isso é um fato! mas também é fato que o terrorista tem de ser detido. Se pecam por serem parciais aos seus patrícios, serão maiores transgressores ainda se forem tolerantes aos seus arqui inimigos, isto é: a lei que os condena, é a mesma que os absolve!
Nao ao terrorismo!