Obama age para garantir libertações de Guantánamo.

Em 2012, 2013 e 2014, os republicanos aprovaram leis proibindo transferências de suspeitos para fora da prisão de Guantánamo.

Isso impedia a libertação daqueles contra quem não havia provas.

Quase sempre Obama protestava.

Mas ficava nisso.

Neste ano, finalmente, ele decidiu agir.

Eric Schultz, porta-voz da Casa Branca, informou à imprensa que o presidente vai vetar lei republicana impedindo as transferências de presos da prisão militar em 2015.

Parece que o presidente pretende agora cumprir as promessas de fechar a prisão feitas em 2008.

No início do seu primeiro mandato, ele de fato emitiu uma ordem executiva para que fossem tomadas providências para acabar com a prisão em um ano.

Mas os republicanos, aliados  à direita democrata, reagiram logo, levantando obstáculos.

Na ocasião, Obama alimentava o sonho impossível de governar com todos os americanos. Portanto, não quis brigar com os republicanos, deixou de usar seus poderes de veto às iniciativas deles em defesa da permanência de Guantánamo.

Nos últimos meses, ele abriu os olhos, percebeu que do lado republicano só vem antagonismo feroz e idéias reacionárias.

Talvez por não  poder  mais se candidatar e, portanto, não depender de votos, Obama, mesmo com um Congresso hostil, decidiu procurar fazer valer suas idéias.

Pelo menos algumas.

Foi assim que está combatendo projetos do Congresso que visam naufragar as negociações de paz com o Irã.

E se dispôs publicamente a usar seu poder de veto, coisa que até agora quase nunca havia feito.

A lei que proíbe na prática a libertação de presos de Guantánamo também será vetada por esse novo Obama, dentro de sua disposição de encarar os adversários.

 

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