Para os americanos, “liberdade de imprensa” é uma das liberdades mais caras consagradas na sua Constituição.
Foi decepcionante a baixa colocação dos EUA neste quesito, no ranking anual da tradicional organização jornalística “Repórteres Sem Fronteiras”.
Os americanos amargaram o 49ª lugar entre os países do mundo.
Logo antes deles figuraram Malta, Niger, Burkina Fatso, El Salvador, Tonga, Chile, Botswana. Em todos eles, os “Repórteres Sem Fronteiras” consideraram a imprensa mais respeitada do que nos EUA.
O campeão da liberdade de imprensa foi a Finlândia, seguida pela Noruega e pela Dinamarca.
Alguns dos países mais amigos dos americanos também foram reprovados: Arábia Saudita -164º; Bahrein- 163º e Emirados Árabes Unidos- 120º.
Israel , sempre auto-louvado como país democrático em todos os sentidos, ficou num amargo 101º.
Como se esperava, saíram-se ainda pior: Rússia (152º-), Irã (173º-) e China (176º-).
Nos três últimos lugares vieram o Turcomenistão, a Coréia do Norte e a Eritréia (segurando a lanterna).
Para explicar a fraca performance americana, citou-se a perseguição do governo ao repórter do New York Times, Jim Risen, por negar-se a revelar a fonte de informações classificadas como secretas, além da “contínua guerra contra denunciantes como o Wikileaks, Bradley Manning e Edward Snowden”. E ainda a prisão de numerosos jornalistas que cobriam os distúrbios raciais de Ferguson.
Leonard Downie Jr, ex-editor executivo do Washington Post, foi mais duro, lembrando “…ações (do governo) para controlar a informação, as mais agressivas que eu já vi desde o governo Nixon.”