O general Suleiman, ex Vice Presidente do Egito, nomeado por Mubarak, lançou sua candidatura a presidente.
Suleiman seria o candidato de Mubarak à sua sucessão, caso não tivesse sido defenestrado pela Primavera Árabe.
Nos últimos momentos do ditador, quando o governo americano desistira de o manter no poder, Hillary Clinton insistiu no vice Suleiman para presidir o país durante a transição para a democracia.
Seu nome foi duramente rejeitado pelos líderes da revolução.
Tinham bons motivos.
O general Suleiman fora durante 20 anos chefe dos serviços de segurança do governo.
Destacou-se na perseguição e tortura dos oposicionistas, inclusive da Irmandade Muçulmana.
De acordo com documentos revelados pelo Wikkileaks, Suleiman prestou serviços à CIA, torturando suspeitos, sequestrados pela agência de espionagem americana em outros países e trazidos via aérea para o Egito.
Ele é acusado mesmo de participar pessoalmente das sessões de tortura.
Aliado dos EUA e de Israel, Suleiman era inimigo do Irã e mantinha relações próximas com as nações do Golfo, especialmente a Arábia Saudita.
Antes da queda de Mubarak, Suleiman declarou, em entrevista à TV americana, que o Egito não estava pronto para a democracia.
Há suspeitas de que ele seja o candidato dos militares que atualmente governam o país.