O Ocidente apoiou a revolução da Líbia para libertar o povo da tirania de Kadafi.
Por enquanto, os resultados não foram dos melhores.
Certo que houve eleições, que escolheram um governo democraticamente.
Mas esse governo parece fraco.
Teve de aceitar o domínio das milícias fundamentalistas em diversas regiões, atribuindo a elas, para não ficar feio , poderes que já tinham de fato.
E o que é pior: engoliu goela abaixo algumas leis nada democráticas que, aliás, não existiam no governo kadafi.
O proselitismo, quando objetiva converter islamitas a outra religião, agora é crime na nova Líbia que o Ocidente com seus aviões e canhões ajudou a criar.
Provavelmente o governo, formado por personalidades islâmicas de mente aberta, teve de aceitar esse atentado aos direitos humanos imposto pelas poderosas milícias fundamentalistas.
Em fevereiro, o Ministério da Defesa (?) começou uma ofensiva contra os cristãos acusados de proselitismo, processando quatro estrangeiros.
Em Bengazi, por razões desse tipo, “48 comerciantes egípcios, que trabalhavam no mercado municipal da cidade, foram presos, com base em informações de atividades suspeitas”, conforme declarou um oficial de segurança ao jornal inglês The Telegraph, sob anonimato. Leia-se: divulgação do cristianismo.
Eles foram capturados pela Ansar Sharia, milícia considerada responsável pelo assassinato do embaixador dos EUA, em setembro passado.
A esposa de um dos detidos, informou ao The Telegraph que seu marido “estava com medo de contar como ele foi tão torturado que perdeu a visão de um dos olhos.”
Todas estas denúncias de perseguição religiosa juntaram-se a muitas outras de violências contra os direitos humanos denunciadas pela Anistia Internacional, a Human Rights Watch e outras entidades libertárias.Arquivadas pelos representantes dos países do Ocidente e do Golfo para serem analisadas posteriormente.
Por enquanto eles estão muito ocupados negociando a divisão da exploração do petróleo líbio.