Os tambores da guerra no Oriente Médio emudeceram.
Há grandes esperanças de que a reunião do dia 23, entre os P+5 e o Irã, acabe bem.
Já se sabe que os iranianos concordam em abandonar a produção de urânio com 20% de enriquecimento e trocar seu estoque desse material por bastões de urânio enriquecido que só podem ser usados em finalidades pacíficas. Continuará enriquecendo urânio a 3% e 5%, para produção de energia e isótopos de uso medicinal.
O próprio Amano, diretor da IAEA (agência de energia nuclear da ONU) está bastante otimista.
E olhe que ele sempre produziu relatórios críticos sobre possíveis aventuras nucleares iranianas. Suspeitos, considerando a troca de cartas entre ele e autoridades americanas, revelados pelo WiKKI Leaks, no qual Amano mostrava-se firme aliado dos EUA.
Mais incrível ainda: Israel, que até domingo passado exigia o fim da indústria nuclear iraniana, no dia seguinte, através de comunicado do Ministro da Defesa, Ehud Barak admitia concordar que o Irã continuasse a produzir urânio enriquecido a 3%.
Certo que não se acredita que o Irã desmonte a usina subterrânea de Fodor.
Mas é provável que o Ocidente deixe pra lá.
Afinal, o motivo dessa exigência era tão claro quanto vergonhoso: impedir que o Irã tivesse uma instalação nuclear que as bombas dos aviões americanos e israelenses não poderiam penetrar.
Não está descartada uma insistência de Israel.
Afinal, Netanyahu tem demonstrado um apetite pela guerra, que parece difícil de ser contido.