Antes do início da 2ª Guerra Mundial, os estúdios de Hollywood foram prestimosos colaboradores do nazismo alemão.
É o que revela o historiador australiano Ben Urwand, em seu livro The Collaboration: Hollywood’s Pact With Hitler.
Esse relacionamento teria começado em 1930, quando Carl Laemmle Jr. da Universal aceitou fazer diversos cortes no filme pacifista “Sem Novidades no Front”, depois de grandes protestos de manifestantes alemães, instigados pelo partido nazista.
Tendo Hitler assumido o poder, o livro descreve repetidas visitas de dignatários do governo. Um dos mais frequentes era George Gyssling, cônsul nomeado especialmente para monitorar Hollywood.ollHHH
Gyssling costumava assistir filmes antes de sua exibição nos cinemas e indicar cenas que desejava serem cortadas.
Durante todos os anos 30 dificilmente se via atores judeus nos filmes produzidos.
Em 1939, a MGM ofereceu a 10 editores de jornais nazistas uma visita a seus estúdios em Los Angeles.
Tinha sentido, afinal, como Unward contou ao Times de Londres, a empresa mantinha negócios bastante lucrativos com o governo de Hitler, conforme documento que ele teria descoberto no Arquivo Nacional de Washington.
“Havia uma lei na Alemanha”, informou o escritor, “que proibia empresas de origem estrangeiras de exportarem moeda. Fizeram uma exceção para a MGM porque estava financiando a produção de armamentos alemães.”
Mas veio a guerra, os EUA entraram com tudo, Hitler e o nazismo passaram a ser demonizados, e Hollywood enterrou pra baixo do tapete a história de suas ligações perigosas.
Lançou dezenas de filmes, celebrando o heroísmo dos aliados (especialmente americanos) e denunciando a infinita maldade dos nazistas.
E assim, passado sombrio esquecido, o leão da Metro pôde rugir sossegado.