A Assembléia Geral da ONU apelou para que Israel renunciasse a suas bombas atômicas, aderisse ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e submetesse seu programa nuclear à supervisão da IAEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Como, aliás, o Irã fez.
161 países votaram a favor. 18 se abstiveram. Apenas os EUA, o obediente Canadá, Israel e mais três ilhotas do Oceano Pacifico (recipientes da ajuda americana), foram contra.
Na sua justificação, Robert Wood, o embaixador de Tio Sam, explicou que a medida da ONU “era falha por não atender aos requisitos fundamentais de justiça e equilíbrio, ao cingir-se à expressão de preocupações sobre as atividades de uma nação individualizada.”
Um tanto falacioso, não é?
Já que Israel é o único país com um programa nuclear militar secreto, não havia como incluir outras nações no apelo.
Apesar dos EUA defenderem liberdade para Israel produzir e estocar quantas bombas quiser, sem controle internacional , o embaixador Woods não perdeu a pose.
Repetiu, mais uma vez, que os EUA continuarão a lutar por um Oriente Médio livre de armas de destruição em massa.
Seria trágico se não fosse ridículo.
Infelizmente o apelo da ONU vai cair no vazio.
As decisões da sua Assembléia Geral não são vinculativas, não tem força de lei.
Seu poder é somente moral.
O que pesa cada vez menos nas relações internacionais.