Na semana passada, o Congresso americano aprovou uma emenda contra o BDS (Boicote,Sanções e Desinvestimentos) palestino.
Exigia que no acordo de comércio livre entre EUA e Europa, em discussão, constasse proibição de restrições contra Israel ou territórios por ele controlados.
O alvo era países, entidades e empresas européias que vem criando problemas para os produtos dos assentamentos.
Obama foi rápido a esclarecer que seu governo defendia Israel, mas não seus assentamentos, condenados pelos EUA por serem ilegais e prejudicarem o processo de paz com os palestinos.
Deixou claro que não faria nada contra medidas restritivas dos interesses econômicos dos assentamentos.
Hillary Clinton, provável candidata democrata à presidência, não está de acordo.
Em carta ao bilionário judeu-americano Hain Sabam – grande financiador de sua campanha – ela se manifestou contra boicotes tanto contra Israel,quanto contra os assentamentos.
Aproveitou a oportunidade para fazer um comercial de suas atitudes em favor de Israel, nos tempos em que era Secretária de Estado do governo Obama.
Ela teria se oposto a “dezenas de resoluções anti-Israel da ONU e do Conselho de Direitos Humanos e outras organizações”.
Bem, só se você for muito ingênuo acreditará que todas essas resoluções seriam injustas.
Hillary mencionou ainda sua posição contrária ao relatório Goldberg sobre os crimes do exército israelense na segunda invasão de Gaza e ao reconhecimento da Palestina como estado independente.
A sra.Clinton terminou sua carta com uma explosão emocional de amor a Israel, afirmando:”Dia a dia, eu deixei muito claro que a América sempre se erguerá em favor de Israel – e é o que eu farei quando for presidente.” Batendo de frente com George Washingon, pai da pátria americana, no seu discurso de despedida da presidência: ”Nada é mais essencial do que serem excluídas antipatias permanentes e inveteradas contra nações determinadas ou ligações apaixonadas a outras.”