A Arábia Saudita também degola.

O mundo ficou horrorizado com a degola dos dois jornalistas americanos pelos terroristas do Estado Islâmico.

Passou batido a mesma selvagem pena aplicada pela Arábia Saudita não a duas, mas a 19 pessoas.

Todas elas condenadas por crimes não-violentos, como feitiçaria, adultério e tráfico de drogas.

Está certo que o crime dos traficantes é muito grave, mas não justifica a brutal execução.

Já, adultério e feitiçaria não são atividades rotuladas criminalmente no mundo civilizado.

Como os jornalistas executados, os praticantes desses pseudo-crimes não mereciam nem prisão, quanto mais ser alvo de uma barbárie que é um atentado contra a própria humanidade.

Poucos jornais e tevês sequer os informaram (sempre discretamente) e a comunidade internacional ignorou.

Como também o presidente Barack Obama ao conferenciar com as autoridades sauditas, em março último.

Informa o pesquisador em Oriente Médio, Adam Coogle, que na reunião na cidade de Riad, o presidente Obama não levantou “um único assunto relativo a direitos humanos.”

Talvez não quisesse incomodar seus amigos da Arábia Saudita, onde as decapitações são muito prezadas pelo establishment local.

Somente em 2014, 45 condenados foram objeto dessa horrível punição.

 

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