Barack Obama fez o lançamento de sua estratégia anti-ISIL, precedido de grande cobertura de mídia chamando para o evento.
O que ele disse já era, em geral, previsto.
A novidade foi que os EUA passariam a fornecer armas pesadas e amplo treinamento aos moderados sírios para combaterem o ISIL.
Até agora esse grupo, o Exército Sírio de Libertação (ESL) só recebia armas leves e algum treinamento americano na Arábia Saudita, Jordânia e Qatar.
Com foguetes de largo alcance, canhões, lançadores de mísseis e armas anti-tanques, o ESL, ou seja, os moderados pró-Ocidente, poderiam vibrar golpes destruidores no ISIL.
O senador Randy Paul, o principal libertário do Partido Republicano, é contra.
Para ele, as avançadas armas americanas acabarão indo parar nas mãos do próprio ISIL.
Ele parece ter certa razão.
Refere o Washington Post (em7 de setembro), que investigação do Conflict Armament Research documentou que o ISIL possui significativa quantidade de armas americanas.
Por sua vez o jornal libanês Daily Star (em 8 de setembro) traz informações inquietantes para a Casa Branca.
Forças do ESL, do Nussra (filial da AL Qaeda) fizeram uma aliança com o ISIL para atacar o exército de Assad nas fronteiras do Líbano com a Síria,” revelou Bassel Idriss, comandante de uma brigada do ESL.
Mais: Abu Fidaa, ex-coronel das forças de Damasco, hoje chefe do conselho revolucionário, admitiu que:”Um número muito grande de membros do ESL integrou-se no ISIL e no Nussra.”
Nas lutas pela cidade de Arsaf, no mês passado, foi preso pelo exército legal Imad Jomaa , um islamita que fora membro do ELS antes de jurar lealdade ao ISIL. Toda a sua brigada, o Fajr al-Islam, com um efetivo de 150 homens, o havia acompanhado.
Perigo para a estratégia de Obama.
Armando os sírios moderados, ele não estará fortalecendo indiretamente oo ISIL, que pretende aniquilar?