Destruir um eventual programa nuclear militar iraniano seria uma loucura.
Exigiria exércitos e armamentos maiores do que os empregados no Iraque e no Afeganistão juntos.
É a conclusão de um estudo realizado por 30 diplomatas, almirantes e generais americanos reformados.
Eles afirmam que um ataque militar dos EUA traria danos ao atual regime iraniano e reduziria sua capacidade de lançar contra- ataques. Ainda assim, Teerã quase certamente retaliaria, contando com o auxílio de aliados na região.
Isso certamente deflagraria uma guerra no Oriente Médio.
Os ataques americanos poderiam destruir as mais importantes instalações nucleares iranianas e enfraquecer suas forças militares, mas apenas adiariam a busca de uma arma nuclear, caso isso fosse objetivo do governo de Teerã.
Como explica um dos autores do relatório, o Tenente-General Frank Kearney : ”Os EUA tem capacidade de destruir, o que causará algum atraso mas o que vai acontecer depois disso? Não se pode matar o poder intelectual.”
O relatório assegura que, para liquidar um possível programa nuclear militar, seria preciso invadir e ocupar o território do Irã.
No entanto, continua: “Considerando a grande superfície e população do Irã e a força do nacionalismo iraniano, calculamos que a ocupação do Irã exigiria o comprometimento de recursos e pessoal maior do que os EUA gastaram durante 10 anos nas guerras do Iraque e do Afeganistão combinadas.”
Os militares e diplomatas lembram o grande número de movimento de protesto contra os EUA no Oriente Médio, concluindo que: ”O ataque aumentaria a percepção de que os EUA são anti-islâmicos – uma percepção associada às invasões americanas do Iraque e do Afeganistão e acentuada pelos trechos de um vídeo na Internet referentes a um filme anti-islâmico que pode ter alimentado o ataque mortal contra um escritório diplomático na Líbia.”