Trump usa presidência para promover negócios da filha.

Na semana passada, a Nordstron comunicou que não mais compraria as linhas de lingerie e artefatos de Ivanka, a filha Número 1 de Donald Trump. A razão: vendas pouco significativas.

Usando o site oficial, o presidente apressou-se a criticar a audácia desta cadeia de lojas.

E assim violou ordem executiva de 1889, que proíbe ocupantes de cargos federais de usar seus cargos para obter ganhos privados. O então presidente, Benjamin Harrison (republicano) achava que qualquer crítica pública de um presidente a uma empresa poderia ser interpretada como uma tentativa de influenciá-la e a outras empresas a evitarem ações prejudiciais aos lucros do chefe do executivo.

Como jamais foi anulada ou modificada, essa ordem executiva permanece valendo.

É lei.

N entanto, The Donald já demonstrou que está acima da lei, pois ela foi feita apenas para o comum dos mortais, coisa que ele não é. Já demonstrou esse sentimento quando ofendeu um juiz desaforado que ousou derrubar a proibição dos membros de 7 nações islâmicas de entrarem nos EUA. Ele insistira em seguir a lei maior do país, que é a Constituição.

Algumas autoridades no assunto não viram com bons olhos mais este desrespeito do presidente Trump aos valores dos EUA.

Richard Brifault, expert em ética governamental da Escola de Leis Columbia, disse à agência AP, que a defesa dos negócios da filha número 1 era “inconsistente com qualquer noção de obrigações éticas de um ocupante de função pública.” Ainda mais sendo presidente, quando tem poderes para colocar empresas até mesmo poderosas, em situações difíceis. Nunca se sabe se virão a precisar de um empréstimo especial, entrar numa concorrência pública ou de uma certa leniência numa cobrança de impostos atrasados.

Muito cuidadoso, Brifault declara que a intervenção de Trump “dá a impressão de que ele está usando sua posição para promover os interesses de negócios de uma parente próxima .” Eu diria que, rigorosamente falando, Trump não está dando impressão de nada, está é mesmo promovendo os negócios de Ivanka.

Aposto que novas lojas devem estar fazendo fila para comprar os produtos da filha número 1.

Já Richard Painter, que foi chefe dos advogados de George W.Bush nas questões éticas, é maios duro: ”Isso (o tweeter de Trump) é mau uso de cargo público para ganhos privados. E é um abuso de poder porque a mensagem oficial é clara- Nordstron é agora personna non grata na administração. “

Para você ter uma ideia do que essa expressão romana representa, Odebrecht, Camargo Correa, Eík Batista e a produtora de João Santana são considerados dessa maneira pelo governo brasileiro

Evidentemente, por motivos outros.

Cito ainda outras autoridades condenando a gentileza de Trompa com Ivanka 1.

Trata-se de Robert Weissman, presidente do grupo liberal de observadores Public System.

Diz ele: “O Presidente Trump disse que não tem mais nada a ver com os negócios da família. ” Estaria, portanto, cumprindo a lei?

Responde Weissman:”Sua reação aos fatos relativos ao negócios de sua filha provam que sua afirmação não é verdadeira.”

Por fim, o porta voz de Bob Casey, senador pela Pensilvânia, lança uma pá de cal no assunto: ”Sente-se que (o ato do pai carinhoso) não é ético e  não é apropriado que o presidente ataque uma companhia privada por recusar-se a enriquecer a família.”

Diz Trump no tweeter oficial da presidência: “Minha filha Ivanka foi tratada de um modo tão injusto pela Nordstrom. Ela é uma grande pessoa- sempre me estimulando a fazer as coisas certas. ”

Infelizmente, ela não tem conseguido êxito.

 

 

 

 

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