Terroristas se destacam na luta contra Assad.

No mês passado, os EUA anunciaram a classificação como terrorista  do al- Nusra, grupo que luta contra o governo sírio.

Informaram que ele teria sido fundado por elementos da Al Qaeda e com ela mantinha ligações estreitas.

Portanto, o Nusra estava condenado, não poderia receber nem armas, nem ajuda financeira ou de qualquer outra espécie.

Claro, os americanos não querem fortalecer um movimento inimigo,  que, depois da queda de Assad, poderia participar do futuro governo da Síria e até mesmo usar essas mesmas armas contra interesses americanos.

Como aconteceu no Afeganistão, onde os ferozes talibãs são antigos grupos de jihadistas fartamente apoiados pelos americanos contra os russos.

Mas a reação entre os rebeldes sírios foi inesperadamente hostil.

100 batalhões assinaram um documento, manifestando solidariedade ao Nusra e criticando pesadamente os EUA, acusados de pretender dominar a frente oposicionista, de olho na defesa de seus interesses políticos e econômicos.

Para agravar a situação, o Nusra revelou-se um elemento-chave na campanha militar anti-Assad.

É um dos grupos mais eficientes e agressivos do exército rebelde.

Segundo o McClatchy News: “O Nusra está cada vez mais se firmando na liderança da luta por toda a Síria.”

No front de Damasco, por exemplo, é o pessoal do Nusra que comanda as principais ações.

Possivelmente, usando armas fornecidas pela Arábia Saudita e pelo Qatar, sob coordenação da CIA…

É o que se depreende de matéria do New York Times, publicada em outubro último: “A maior parte das armas enviadas pela Arábia Saudita e o Qatar para suprir os rebeldes sírios contra o governo de Bachar AL-Assad caI nas mãos de grupos jihadistas de linha-dura.”

O sucesso do Nusra, compreensivelmente, não é bem visto pelos EUA.

Afinal, as notícias que chegam da Síria são assustadoras.

Grupos rebeldes fundamentalistas- entre eles, o Nusra- queimaram uma mesquita shiita (eles são sunitas) e protagonizaram uma série de ataques contra comunidades cristãs e alawitas, nos últimos meses.

 

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