As aparências não enganam

Pelo seu passado, Allawi parecia uma escolha nada adequada para chefiar o governo que levaria o Iraque à democracia. Líder do partido de Saddam desde os tempos universitários, estudou Saúde Pública em Londres pago pelo governo. Ali, segundo familiares de sua ex-esposa (citados pelo Dr. Haifa-al-Azawi, iraquiano-americano), “gastava seu tempo negociando com assassinos que faziam o trabalho sujo do governo”.

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Soberania pouco absoluta

Depois de muito condenar a política de Bush no Iraque, Kerry acabou revelando algo sobre a sua. Caso eleito, trará as tropas de volta antes do fim do seu mandato (2008). Bush aproveitou a deixa. E o fez magistralmente, prometendo fazer o mesmo muito antes: em janeiro de 2006, após a posse do governo iraquiano a ser eleito pelo povo.

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A tempestade depois da bonança

A vitória na Segunda Guerra do Golfo fora rápida e fácil. O governo Bush via tudo cor de rosa. Rumsfeld falava em reduzir o exército americano de 135 mil para 30 mil homens até meados de setembro. Mas logo vieram atentados, emboscadas, guerrilhas, num crescendo contínuo que, em abril, chegou a seu clímax: 110 americanos mortos somente até o dia 20. Mais do que em toda a guerra. E, o que é mais sério, os insurgentes saíram das sombras para atacar as tropas da coalizão nas ruas de Bagdá, Bassra, Ammaret, Nassirya, Kut, Fallujah e Najaf, onde se concentram 77% da população do país. Várias destas cidades chegaram a ser tomadas. Os americanos tiveram de jogar todo o seu superior poderio bélico para expulsarem os rebeldes.

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