Enfurecido com o sucesso da ofensiva de boa vontade do novo presidente iraniano, o primeiro-ministro Netanyahu chamou-a depreciativamente de “ataque de sorrisos”.
Em entrevista no programa News da rede de TV americana ABC, Zarif,
ministro do Exterior do Irã respondeu: “Um ataque de sorrisos é muito melhor do que um ataque de mentiras. O sr.Netanyahu e seus colegas tem afirmado desde 1991 que o Irã está a seis meses de ter uma bomba nuclear. Passaram-se 22 anos e eles continuam dizendo que nós estamos a 6 meses de ter armas nucleares…”
Incansável, Bibi, em recente discurso na ONU, repetiu esta acusação, acrescentando uma nova: o Irã teria um programa de mísseis balísticos intercontinentais, que lhe permitiria lançar bombas atômicas (?) sobre Nova Iorque num prazo de 5 anos.
O governo de Teerã nega. Tem alguns experts a seu lado.
Até americanos, como Michael Elleman , senior fellow para defesa antimísseis do International Institute for Strategi Studies e inspetor de armamentos da ONU.
Em texto do projeto Iran Primer, ele diz: “Não há uma forte evidência de que o Irã esteja desenvolvendo um míssil balístico de médio alcance ou intercontinental.”
O ministro Zarif também falou sobre a posição do presente governo do Irã quanto ao Holocausto, cuja existência o ex-presidente Ahmadinejad negava: ”Nós condenamos o assassinato de pessoas inocentes, seja o que aconteceu na Alemanha nazista ou o que está acontecendo na Palestina. O Holocausto foi um crime hediondo, foi um genocídio, não pode se permitir que se repita.”
E ainda ponderou : “Mas aquele crime não pode ser e não deveria ser justificativa para se esmagar os direitos do povo palestino durante 60 anos.”
Referia-se à tolerância de países, como os EUA e a Alemanha, diante das violências dos israelenses na Cisjordânia, em função dos horrores sofridos pelos judeus no nazismo.