Em dezembro 1991, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi dissolvida.
O principal responsável, Mikail Gorbatchev, não desejava esse resultado: seu sonho era democratizar o regime comunista e abrir parcialmente a economia para o capitalismo, como foi feito na China.
Mas, por inabilidade política, não conseguiu.
No governo corrupto do seu sucessor, Ieltsin, houve uma privatização desordenada, com a entrega das empresas estatais a preço de banana a grupos econômicos aventureiros.
A Rússia, principal das antigas repúblicas soviética, entrou em crise, com grande desemprego e redução do nível de vida da população.
Apesar do evidente progresso ocorrido nos governos Putin e Medvedev, grande parte das pessoas tende a lembra com saudade os tempos do comunismo, esquecendo seus duros aspectos negativos.
É o que revela recente pesquisa da All-Russian Public Opinion Research Center (VCIOM).
Nada menos do que 56% dos respondentes lamentam a dissolução da União Soviética.
A maioria deles tem mais de 45 anos, baixo nível de educação, não são usuários de internet e não moram nas capitais das regiões do país.
Os jovens, pessoas com educação superior, que usam intenet constantemente, acham muito melhor viver na moderna Rússia.
2/3 consideram que a União Soviética estimulou o desenvolvimento econômico e cultural dos habitantes do país, enquanto que para 20% aconteceu o contrário.
Mas não vá pensando que a maioria do povo russo deseja a volta do comunismo.
Nas últimas eleições parlamentares, o partido de Lenin obteve 20% dos votos, ficando bem atrás do “Rússia Unida”, de Putin, cujos candidatos foram escolhidos por 49% do eleitorado.