Exigir a frase “produzido nos assentamentos” nos bens exportados por Israel estava para ser decidido pela Europa Unida.
Suspendeu-se o processo para não perturbar as recentes negociações entre palestinos e israelenses.
Agora que as negociações fracassaram, esta e outras medidas desagradáveis para Telaviv devem ser tomadas pela Europa Unida.
Elas estão sendo elaboradas por autoridades européias, conforme informações de diplomata da região ao The Times of Israel.
A verdade é que a paciência dos governos da Europa com Israel se esgotou.
Eles estão cansados de, a toda hora, terem de condenar as ações israelenses contra as leis internacionais e os direitos humanos dos palestinos.
Sem resultado algum.
Isso vai mudar.
A idéia é a cada ação do governo Netanyahu inibidora do processo de paz (expansão de assentamentos, por exemplo) corresponderá uma penalidade contra Israel.
Estaria sendo criado um mecanismo para que a implementação dessas penalidades seja mesmo imediata.
A chefe de política exterior da Europa Unida, Catherine Ashton, foi bem clara : “Insistimos que o desenvolvimento futuro das relações Europa-Israel dependerá do engajamento do último (Israel) na paz baseada na solução dos dois Estados.”
Esta foi a conclusão de uma declaração da Europa Unida, exprimindo sua posição diante da guerra de Gaza.
Atacava os lançamentos de foguetes pelo Hamas mas Israel não era poupado.
A Europa Unida condenou veementemente a expansão dos assentamentos, as violências dos assentados judeus, a piora das condições de vida dos palestinos, as demolições de casas, as evicções e transferências forçadas e as tensões crescentes no Morro do Templo.
Dois fatos novos chamaram a atenção :
– a reunião de todas as acusações contra Israel num mesmo manifesto e, principalmente, a ameaça explícita de fratura no relacionamento da Europa com Telaviv.
Vamos ver se, desta vez, é pra valer.