De 2007 para cá, 5 cientistas nucleares iranianos e o chefe do programa de mísseis balísticos foram assassinados.
O último, Mojtaba Ahmad, foi encontrado morto na semana passada, com dois tiros no coração.
Como comandante da guerra cibernética, ele atuava na proteção dos computadores do programa nuclear do Irã contra ataque americano-israelenses.
No ano passado, investigação insuspeita da rede de TV americana NBC revelou que: “os ataques mortais contra os cientistas nucleares estão sendo realizados por um grupo dissidente iraniano que é financiado, treinado e armado pelo serviço secreto de Israel.”
A NBC cita duas autoridades de alto nível do governo Obama como tendo informado que o MEK foi o responsável pelos assassinatos.
O MEK é uma organização terrorista que combate o regime islâmico de Teerã desde fins de 1970, promovendo sequestros, assassinatos e atentados a bomba.
Perseguido pelo governo, o MEK mudou-se para o Iraque, onde foi bem recebido pelo então ditador Saddam Hussein, que utilizou seus serviços na guerra contra o Irã.
Ainda no governo do ditador, colaborou em massacres de xiitas e curdos.
Pelas suas “artes”, o MEK foi colocado na lista de movimentos terroristas do Departamento de Estado dos EUA.
Em 2011, ele iniciou uma grande campanha, financiada por inimigos do Irã, para que Hillary Clinton, a secretária de Estado, o tirasse dessa lista.
Garantia que, desde 2001, havia abandonado o terrorismo.
No entanto, em 2004, o FBI afirmou o contrário. E, em 2007, o departamento de Estado fez o mesmo.
Apesar disso, algumas figuras importantes, como Howard Dean, ex- pré candidato democrata à presidência; John Bolton, embaixador da ONU no governo Bush; Eli Wiesel, líder judaico e Ruddy Giuliani, ex-prefeito republicano de Nova Iorque tomaram sua defesa.
Referindo-se a esse pessoal, disse o Christrian Science Monitor:”… ex- autoridades de alto nível – que representam todo o espectro político – às quais foram pagos dezenas de milhares de dólares para falarem em favor do MEK.”
Pressionada, Hillary Clinton acabou livrando o MEK da lista do terror, fornecendo assim um atestado de good guys a seus membros e permitindo que empresas americanas os financiassem dentro da lei.
A polícia iraniana informou que prendeu vários elementos da organização, envolvidos nos assassinatos dos cientistas, os quais teriam sido usados pelo Mossad para fazer o trabalho sujo, por sua facilidade em atuar no Irã.