Os Acordos de Oslo, firmados por israelenses e palestinos, sob supervisão da comunidade internacional, estabelecia várias regras a serem seguidas pelas partes.
Uma delas é que, em Gaza, os pescadores teriam direito de trabalhar numa faixa de até 20 milhas do litoral.
Mas a Marinha de Israel não concordou.
Estabeleceu por conta própria um limite de 3 milhas.
Em novembro, depois da guerra com Israel, de acordo com o cessar fogo, esse limite foi aumentado para 6 milhas.
A Marinha de Israel continuou ignorando os acordos celebrados por seu país.
No espaço de 4 dias, destruiu e afundou um navio de pesca palestino e confiscou 9 botes.
Em 1 de dezembro, segundo o Palestinian Center for Human Rights, catorze pescadores de uma mesma família foram presos, quando pescavam num ponto há 3 milhas da Faixa de Gaza.
Alguns pescadores estavam há 2 milhas do litoral de Gaza quando foram atacados com metralhadoras e presos pela Marinha de Israel.
Para Abu Ryiala, representante do Sindicato Geral dos Pescadores, o cessar fogo não fez diferença alguma para os pescadores.
“É permitido pescar numa faixa de até 6 milhas do litoral”, ele afirma, “mas as lanchas armadas de Israel ainda nos atacam, quer a gente esteja 6 ou 3 milhas fora.”
Não que adiantasse muito se esse limite fosse respeitado, Ryiala conclui :”Não há peixe há 6 milhas do litoral, o fundo do mar é ainda muito arenoso. Só depois de 7 milhas é que o fundo do mar ficasse rochoso e existe grande quantidade de peixes.”