Ron Paul é um estranho no ninho do Partido Republicano.
Pré candidato à presidência, ele defendeu, na Florida, relações diplomáticas completas com Cuba, enquanto seus rivais, Mitt Romney, Rick Santorum e Newt Gincrish, querem a continuação dos embargos economicos. Até mesmo que a Casa Branca favoreça alguma ação militar que derrube o governo de Raul Castro.
Ele alegou que Cuba não vai invadir os EUA e os americanos não estão mais preocupados, procurando agentes debaixo da cama.
As declarações de Ron Paul, que também ataca as leis contra direitos individuais e as guerras americanas, foram consideradas imprudentes. Tendo grande população de exilados cubanos, a Florida é tradicionalmente conservadora. Vem votando sempre em políticos republicanos favoráveis a uma política agressiva contra Cuba.
Talvez sua estratégia eleitoral não esteja totalmente errada.
Estudos do comportamento dos eleitores cubano-americanos mostra que algo está mudando.
Entre 2004 e 2008, diminuiu pela metade o número dos que apoiam o reforço dos embargos econômicos.
Enquanto que, em 2004, 43% eram favoráveis, em 2008 este índice caiu para 26,7%.
32,9%, em 2004, defendiam a permissão às viagem a Cuba. Em 2008 já somavam 47%.
O professor UC Riverside, Benjamin Bishi, que dirigiu a pesquisa em 2009, acredita que esses resultados demonstram que o pensamento dos cubano-americanos acha-se em transição, numa tendência favorável à aproximação com Cuba.
A segunda e a terceira geração de cubano-americanos, nascidos nos EUA, que jamais viveram em Cuba, não tem o mesmo perfil visceralmente anti castrista dos seus pais e avós.