A última reunião entre o governo grego e as autoridades da Europa fracassou.
O primeiro-ministro Tsipras não aceita as reformas exigidas pelos credores, incluindo cortes de pensões e aumentos de impostos, para se chegar a um superavit orçamentário de 1%.
Tsipras afirmou que isso significaria quebrar promessas eleitorais e agravar a crise econômica e humanitária.
Caso não haja acordo até 30 de junho, a Grécia não receberá a parcela final dos 7,2 bilhões de euros de ajuda internacional prestados pelo FMI e pela União Européia e assim não teria como pagar o 1,6 bilhão de euros devidos ao FMI.
A moratória seria inevitável.
Embora apoiando seu governo, os gregos assustam-se com o fantasma da briga com a União Européia e suas possíveis conseqüências: volta à dracma; perda de créditos internacionais; corrida aos bancos do país; mais desemprego; mais inflação; fechamento de empresas.
Pesquisa do GPO, realizada na terceira semana de junho, mostrou que 56% da população prefere um mau acordo, permanecendo na zona do euro.
A opinião geral é que Tsipras agiu honrosamente, negando-se a aceitar a primeira proposta da União Européia, como os governos anteriores faziam.
Mas agora seria hora de aceitar algumas concessões.
A última esperança parece vir da recente visita do primeiro-ministro à Rússia.
Segundo o The Guardian de 18 de junho, assistentes de Putin confidenciaram que Moscou estaria disposto a fazer um empréstimo à Grécia, desde que solicitado.
Acho difícil.
A Rússia está vivendo uma crise, causada pela queda vertiginosa do petróleo e pelas sanções da Europa, em retaliação ao seu apoio aos rebeldes ucranianos.
Não tem dinheiro para generosidades.