Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestina anunciou que fará um último esforço para iniciar as tão faladas negociações de paz com Israel.
Será entregue uma carta a Netanyahu apresentando suas condições para discutir o futuro estado palestino com os israelenses, dando um mês de prazo para receber a resposta.
Supõe-se que ele exigirá a interrupção do programa de novos assentamentos na Margem Oeste, a criação do novo estado tendo como base os limites de 1967, incluindo Gaza e Jerusalem Oriental, além de uma solução para o problema dos árabes expulsos de Israel em 1948 e 1967.
Provavelmente, Abbas concordará numa troca de territórios para manter sob soberania israelense alguns dos maiores assentamentos.
Caso o primeiro-ministro de Israel rejeite a proposta de Abbas, os palestinos voltarão à ONU, desta vez solicitando à Assembléia Geral o status de “país não membro”, o que, certamente, será aceito já que cerca de 130 países já reconhecem o estado palestino.
Como “estado não membro”, a Palestina poderá processar Israel perante o ICC (Corte Internacional de Justiça) por crimes de guerra, cometidos no ataque a Gaza.
Os dirigentes palestinos discutiram a proposta de Bargouthi de resistência civil, não violência e abandono de toda colaboração com Israel, inclusive fechando a Autoridade Palestina.
No entanto, preferiram dar mais uma última chance para negociar a independência e ao recurso à Assembléia Geral da ONU, no caso da rejeição israelense.
Abbas comunicou que, enquanto existir Autoridade Palestina, sua administração cooperará com Israel na prevenção da violência.