Ou Assad ou a guerra..

É o dilema que o Ocidente começa a aceitar.

Os horrores da guerra civil síria estão convencendo os estadistas de que precisam ser realistas.

Assad pode ser um tirano violento mas sem ele não será possível acabar com a carnificina.

Sem um acordo entre Damasco e os rebeldes, aliás  também violentos (lembra daquele comendo um coração inimigo diante das câmeras?), a guerra não vai acabar nos próximos anos.

Putin propõe um diálogo entre as partes e aliados para se formar um governo de transição.

Ele admite mesmo que a permanência de Assad nesse governo poderia ser apenas provisória.

Participariam das negociações: de um lado, representantes dos rebeldes (sem Al  Qaeda e similares), EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Turquia e Arábia Saudita.

Do outro lado:  governo Assad, Rússia, China e Irã.

A França já topou.

Quanto à Alemanha, Angela Merkel na semana passada declarou ser necessário conversar com “muitos protagonistas, inclusive Assad.”

Cameron não desafinou.

Segundo fonte do The Telegraph o primeiro-ministro do Reino Unido está convicto de que o presidente sírio poderia continuar no governo por um período curto.

Mas no meio do caminho desse processo de paz surgiu uma pedra: o presidente Obama.

Discursando na ONU ele reafirmou seu veto à volta de Assad. Proíbe mesmo que participe de negociações de paz.

Obama aproveitou para flexionar seus músculos, reafirmando que os EUA tem o mais poderoso exército da terra e que defenderá os interesses pátrios até unilateralmente se necessário.

No caso sírio, são interesses políticos: derrotar seu rival número 1, Vladmiir Putin, grande aliado de Assad.

Seja como for, sempre é chato discordar do resto do mundo.

Por isso, as últimas notícias são de que o secretário de Defesa John Kerry teria em offr concordado em dar uma colher de chá aos amigos europeus.

Aceitaria a idéia da comissão para discutir , sem condições prévias, uma solução para a paz na Síria.

No entanto, acha que muita gente atrapalha.

Quer que a Europa fique de fora, sendo o grupo de pacificadores formado unicamente pelos EUA, Rússia, Irã, Turquia e Arábia Saudita.

Como esses dois últimos países não aceitam Assad nem pintado, os interesses políticos americanos ganhariam por 3 x 2.

Se não der certo e a guerra continuar rugindo, Tio Sam lamenta.

A culpa é de Putin.

 

 

 

 

 

 

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