O viés autoritário do FBI.

O que você acha mais grave: planejar o assassinato de um grupo de pessoas ou promover manifestações de protesto contra as grandes corporações.

O FBI não concorda com você.

Para ele, as manifestações são atos mais graves.

Já planejar um assassinato, depende de quem seria a vítima.

O movimento Occupy, por exemplo, esteve numa situação assim e não mereceu uma investigação dos federais.

Veja só o texto de um documento do FBI, revelado através do Freedom Information Act: “Num (texto) identificado em outubro, planejava-se usar ataques de franco-atiradores contra manifestantes em Houston, Texas, se necessário…planejavam reunir dados de inteligência contra os líderes dos grupos de protesto, conseguir fotografias e então elaborar um plano para matar a liderança através de rifles usados por franco- atiradores.”

No resto do material, ficava claro que os alvos eram líderes do Occupy.

O absurdo é que o arquivo relativo a esse caso terminava sem qualquer investigação para se descobrir e prender os criminosos responsáveis pela trama.

Antes do Natal, na mesma época em que esses documentos foram publicados, outros materiais mostravam que o FBI estava muito concentrado em investigar os membros do Occupy, por ele rotulados de “terroristas domésticos.”

Enquanto a agência federal acusa sem provas os manifestantes pacíficos do Occupy de crimes contra a segurança nacional, estes enfrentam uma real ameaça de morte, sem a proteção policial a que todo cidadão tem direito.

Comentando o fato, diz a jornalista independente, Anna Lekas Miller: “…agora, pessoas que participam de protestos pacíficos estão sendo taxadas de terroristas domésticos. Penso que o FBI está escolhendo quem ele categoriza como o tipo de cidadão que ele quer proteger.”

Mara Verhey-Hillard, Diretora Executiva do Partnership For Civil Justice Fund, vai mais longe: “Estes documentos também demonstram que as agências de segurança federais funcionam como um braço de inteligência de fato de Wall Street e da América corporativa.”

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