O Big Brother vive.

Depois do atentado de 11 de setembro, os EUA passaram a preocupar-se de uma maneira desmedida com a segurança do país, sacrificando em seu nome as liberdades básicas.

A National Security Agency (NSA), por ocupar papel fundamental nesse processo, teve seus poderes aumentados significativamente.

Não concordando com o rumo que a NSA vinha tomando, William Binney, que ocupava elevado cargo, pediu demissão.

Na semana passada, ele afirmou que o governo dos EUA está secretamente reunindo informações sobre “praticamente cada cidadão americano no país num processo muito perigoso” que estaria violando  a privacidade americana.

Em sentido semelhante, o jornalista investigativo James Bamford escreveu em Wired: “A NSA está usando seu aparato de segurança nos EUA e seus cidadãos. Ela criou postos de escuta por toda a nação para coletar e esmiuçar bilhões de mensagens por email e chamadas telefônicas, quer se originem do país, quer do exterior.”

Um funcionário anônimo, familiarizado com o programa de segurança da NSA contou a Bamford: “Todas as pessoas são visadas; cada um que se comunica é visado.”

Numa entrevista ao Current TV, em maio, outro informante da NSA declarou:”O imenso poder da NSA está sendo cada vez mais aplicado no interior dos EUA para vistoriar networks, emails, chamadas telefônicas,etc”.

Nos  tempos em que a Constituição americana era respeitada como um dogma, invadir a privacidade do cidadão era terminantemente proibido a não ser em casos especiais e somente através de mandado judicial.

Agora, quando um presidente tem direito de mandar prender , sem julgamento e por prazo indefinido, quem ele julgar perigoso para a segurança nacional, não surpreende essa aparição do Big Brother na cena americana.

 

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