Uma onda de separatismos começa a se formar na Europa.
Em regiões de diversos países, movimentos defendem a independência ou integração em outro país.
No Reino Unido, em 18 de setembro, haverá um referendo na Escócia e o povo será chamado a optar ou não pela independência.
As chances de separação não são muitas. Na última pesquisa, o voto a favor de deixar tudo como está vencia por 57% x 37%.
Nesse caso, o governo de Sua Majestade aceita o referendo, o que não acontece na Espanha, que nega esse direito aos catalães.
No entanto, com permissão governamental ou não, o povo da Catalunha vai fazer seu referendo e ninguém duvida de que a independência vá ganhar de goleada.
Quando o governo de Madri, fatalmente, ignorar o resultado, não acredito que haverá barricadas nas ruas de Barcelona, mas o povo catalão não vai deixar passar batido.
Também não se espera revoltas na Itália, onde nada menos do que 3 movimentos separatistas estão pintando.
Mesmo em Veneza, onde já se realizou um referendo, com 89% dos votos favoráveis à refundação da República Veneziana.
Sua origem é anterior à da própria República da Itália.
Enquanto os italianos só começaram a existir como nação livre no século 19, Veneza já era independente há mais de mil anos.
Sua república durou até o início do século 19, quando foi conquistada por Napoleão.
Com a queda do grande guerreiro, o império austríaco anexou Veneza, que passou a integrar a Itália quando esta foi fundada.
Por enquanto, o movimento pela independência veneziana fica apenas nas palavras.
Como também o Cantone 27, cujo objetivo é promover a compra da Sardenha pela Suiça, que a tornaria um dos seus cantões.
Os líderes desse grupo reclamam da ineficiência do governo de Roma e do abandono em que está a Sardenha, ilustrado pelo alto desemprego local que chjega a 18%.
Por enquanto, o Cantone 27 só é motivo de piada, pois conta com escassos 4 mil seguidores no Facebook.
Já o separatismo na Bélgica é coisa muito séria.
O mau relacionamento entre as duas raças que habitam o país se agrava.
Os flamengos consideram os francófonos uma carga e cresce entre eles o desejo de formar um país à parte, com capital em Bruxelas.
Cada uma destas situações está em estágio diferente de evolução.
Mais dia,menos dia, a maioria das nações e regiões citadas vai pleitear (com ou sem barricadas) seu direito à auto-determinação.
Como responderá a chamada comunidade internacional? Vai aprovar como fez em Kosovo e no Sudão do Sul?
Ou vai negar como fez na Criméia?