Acredite se quiser: existe discriminação racial no governo socialista da França.
Esquecendo os princípios humanísticos de sua ideologia, Manuel Valls, ministro do Interior, declarou à BMFTV: “A maioria dos “romas” (ciganos) deveriam ser levados para fora de nossas fronteiras.”
Foi contraditado por muitos socialistas, inclusive o ministro do Governo, Arnaud Monebourg, que o acusaram de seguir os passos do ex-presidente direitista Sarkosy, iniciador da repressão aos ciganos.
Mas Valls não se tocou. Ao ser entrevistado pela Rádio France Inter, justificou sua posição: “Estas populações tem um estilo de vida muito diferente do nosso e estão claramente em confronto com o estilo de vida francês. Poucos “romas” poderiam se integrar na sociedade francesa.”
E, batendo mais duro, ele se solidarizou com as ações de Sarkosy contra os ciganos: “Aprovei o desmantelamento desses autênticos cortiços que representam um perigo não só para o povo de origem “roma”, mas também certamente para as pessoas que vivem nas vizinhanças.”
Foi mais uma decepção do governo do presidente Hollande.
Depois de sua reiterada submissão à hegemonia dos EUA, ele agora tem um ministro que defende discriminações racistas.
E segue sem ser demitido.