Apesar de sua radical confrontação do Estado Islâmico, a Arábia Saudita adota um dos seus mais infames costumes: degolar por razões políticas.
E o que é pior: até mesmo menores de idade.
Em 2012, então com 15 anos de idade, Abdullah ah-Zaher foi preso ao participar de uma manifestação contra o governo.
Eram tempos de Primavera Árabe e o reino saudita, temendo o contágio, reprimia com dureza as manifestações populares pró- direitos humanos e redução dos poderes autocráticos da monarquia.
O adolescente Abdullah, sem saber bem do que se tratava, foi preso juntamente com seus dois irmãos durante uma dessas manifestações.
Torturado, foi forçado a assinar papéis preparados pela polícia. E praticamente deapareceu.
Nestes cinco anos a família teve esparsas informações a seu respeito.
Agora, tudo indica que será degolado, a forma de execução preferida no reino.
Chegaram informações de que 52 dos presos nas manifestações de 2012 já estão condenados á pena capital que poderá ser efetivada a qualquer momento.
Parece que esse momento está chegando para Abdullah.
Todo o ritual que antecede a execução já foi realizado: confinamento em solitária, seguido por transferência a outro local onde passou por ume exame médico.
Última “cortesia” saudita.
Tudo foi feito secretamente. Não é costume no reino informar as famílias que só ficam mais ou menos por dentro do que está acontecendo via “extra-oficial”.
Agora, Abdullah está pronto para sofrer uma pena tão brutal que tornou o ISISI execrado em todo mundo.
Bem, não só por isso. Fizeram muitas outras barbaridades.
A Arábia Saudita não é o ISIS.
Não costuma cometer assassinatos em massa.
Segundo o tradicional grupo de direitos humanos inglês Retrieve executou apenas 102 pessoas somente no primeiro semestre de 2015, a maioria por crimes que não envolviam perdas de vidas, alguns por apostasia…
O Retrieve lançou uma campanha mundial pedindo ao reino saudita pela vida do jovem.
O que estão fazendo a respeito Obama, Cameron, Merkel, Hollande e outro ínclitos defensores dos direitos humanos ?