Justiça ”pero no mucho”.

Acalmando os muitos americanos furiosos por seus telefonemas e seu internet estarem sendo grampeados pelo governo, o presidente Obama declarou que a Justiça os protegia.

Os mandatos só eram concedidos aos agentes quando aprovados por uma corte federal.

Ele só não contou como é e como age essa corte.

É o chamado “corte FISA”,pois seu objetivo é analisar mandados de busca solicitados pelas autoridades de segurança com base nas leis FISA, que regem a matéria.

Funciona em salas de difícil acesso, no própria sede do departamento de Estado.

Seus juízes, ao contrário do que acontece nas cortes comuns, não devem ser aprovados previamente pelo Senado.

Quem os nomeia dirertamente é o presidente da Suprema Corte, por um período de 7 anos.

Dos 11 membros, 10 foram nomeados por presidentes notoriamente republicanos.

A imprensa considera os 10 ainda mais reacionários do que os 5 republicanos da Suprema Corte.

E a prova é que, no ano passado, dos 1.800 mandados requeridos pelos agentes de segurança, nem um único foi negado.

Como um número infinitamente menor do que esse era constituído por terroristas muito mais de mil cidadãos inocentes foram perturbados, talvez mesmo prejudicados, pelas buscas inquisitoriais do FBI e congêneres.

Na “corte Fisa” as razões de concessão dos mandados são mantidas praticamente em segredo.Entre os 34 mil mandados, concedidos durante todos os anos em que funcionaram os tribunais FISA, apenas 3 justificações foram liberadas publicamente.

Tudo muito estranho nesta América, onde os órgãos de segurança tem um poder cada vez maior.

E com menos chances de contestação.

 

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