Irã: prisão de torturadores.

O promotor público de Teerã anunciou a prisão de várias pessoas envolvidas na morte do prisioneiro Sattar Beheshti.

Tratava-se de um blogger oposicionista preso para interrogatórios pela polícia de informática.

Na prisão, ele escreveu uma carta, reclamando ter sido “ameaçado, insultado e espancado.”

Quatro dias depois, sua família recebeu um telefonema, convocando-a para vir buscar o corpo dele.

Mas a carta de Beheshti chegou às mãos do líder da Oposição, Hossein Mossavi, que a publicou no website Kaleme.

Diversos congressistas fizeram discursos exigindo que fossem investigadas as circunstâncias da morte do blogger. Um comitê do Parlamento foi incumbido dessa tarefa.

Por seu lado,  o promotor público, Mohseni Ejehi, também ordenou sua própria investigação.

Confirmou-se que Beheshti fora torturado.

Segundo o agência iraniana Mehr News :”Sinais de ferimentos foram encontrados em 5 pontos do corpo, incluindo pé, mão, costas e coxas…”

Não é comum que o Irã investigue denúncias de torturas.

Chama ainda mais atenção o fato do caso ter sido resolvido tão rapidamente: depois de 10 dias da morte do blogger, os assassinos já estavam presos.

Para alguns observadores, foi uma maneira de contestar recente relatório da ONU, criticando os direitos humanos no Irã.

 

 

 

 

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