Julgada cúmplice no assassinato de seu marido, em 2005, Sakineh Ashtiani foi condenada a morte por apedrejamento.
Esta bárbara sentença de um tribunal iraniano chocou o mundo.
Protestos choveram de toda parte, deixando muito mal o país.
Vai ver que isso influiu nos juízes e, em 2010, eles acabaram reduzindo a pena de Sakineh para 10 anos de prisão.
Agora, mais um passo humanitário foi dado com o anúncio da sua libertação.
O porta voz do judiciário declarou que a decisão foi uma prova da “leniência da nossa religião para com as mulheres.”
Antes fosse.
Prefiro atribuir ao “efeito Rouhani”, à maré de liberalização que está irradiando pelo Irã, sob impulso do novo presidente.
A verdade é que muito precisa mudar tanto nas leis iranianas, quanto nos seus aplicadores, ainda seguindo princípios religiosos medievais.
O trabalho de Rouhani é duro, mas, aos poucos, seu governo está modernizando e humanizando a sociedade do Irã.