Nunca, em pesquisa alguma, um presidente francês obteve menos de 30% de aprovação.
Até em outubro, quando Hollande baixou este limite.
Em novembro, ele continuou caindo na aprovação de seu povo: foi para 25%, 22%, para na segunda quinzena ficar em extremamente incômodos 15% de apoio, segundo resultados da YouGov para o jornal Huffington Post.
A mesma pesquisa mostrou que apenas 3% tinham uma opinião muito positiva das ações de Hollande e 12% as achavam simplesmente positivas contra 76% de opiniões negativas ou muito negativas.
Uma destas ações mal vistas talvez seja a obstrução do acordo provisório com o Irã que já estava aprovado pelos EUA.
Alguns observadores afirmam que Hollande agira assim para agradar a Arábia Saudita, para quem está exportando 1 bilhão e 380 milhões de dólares em armamentos.
Outros vêm desejos de fazer bons negócios com Israel.
E, de fato, o presidente francês está em visita oficial a Telaviv, onde jurou defender a segurança israelense contra as propaladas ameaças nucleares iranianas.
Uma comitiva formada por 7 ministros, assessores e um exército de 200 empresários seria prova de que existiriam grandes interesses econômicos atrás das atitudes pró- Telaviv da França, em Genebra.
Sucede que Hollande, estranhamente para esta tese, condenou os assentamentos judaicos como óbice à paz.
No entanto, acho suspeita sua advertência aos palestinos: “Se vocês querem paz, vocês precisam fazer gestos em direção da paz.”
Netanyahu também está disposto a entregar alguns assentamentos menores ao futuro Estado da Palestina.
E espera “gestos de paz” dos palestinos, aceitando trocar as férteis terras onde estão os grandes assentamentos por áreas desérticas no Negev.