Depois do atentado contra o consulado americano em Bengazi, o novo governo líbio resolveu tomar uma atitude.
O Parlamento deu dois dias de prazo para as milícias entregarem as armas e se dissolverem.
Mais prudente, o presidente eximiu dessa ordem uma parte das milícias.
As mais tradicionais e poderosas, que participaram da luta desde o começo, foram autorizadas a continuar atuando, porém de forma coordenada com o exército nacional.
Elas deverão ser forças auxiliares do exército em sua função de garantir a segurança do país.
Será que vai dar certo?
Em Tripoli a situação continua caótica. Milicianos de diversos grupos entraram em combate, lutando em frente ao hotel onde se realiza um encontro do Congresso para discutir a pacificação nacional.
Em Bengazi, a situação não está melhor.
Como se sabe, indignada com o atentado contra a representação americana, parte da população atacou e incendiou o quartel-general do Ansar-al-Sharia , o grupo acusado pelas mortes e depredações no consulado.
Essa milícia não foi desmanchada; apenas retirou-se para o interior, levando suas armas, em vez de entregá-las às autoridades.
Ainda em Bengazi, a brigada Rafallah-al-Sahati permanece em sua base, com todas as suas armas, alegando ser um dos grupos autorizados pelo governo a continuar agindo.
Estranhamente, eles prenderam diversas pessoas que participaram do ataque contra a base da Ansar-al-Sharia, além de terem atirado contra 4 desses manifestantes.
A polícia de Bengazi afirma que o Rafallah tem de se retirar e entregar, além de suas armas, os milicianos que abriram fogo contra os civis.
Por enquanto, o Rafallah resiste.
Em Zinzan, as milícias locais continuam mantendo em seu poder o filho de Kadafi, Sasif, e recusam-se a atender ao governo que exige sua entrega às autoridades legais.
Não se sabe até que ponto o governo central terá força para controlar tanto a ação das milícias permitidas, quanto das outras, as que foram intimadas a se dissolverem.