Nos EUA, a super-valorização esquizofrênica da segurança nacional faz novas vítimas.
A Irmã Megan Rice, uma freira americana, e mais dois ativistas foram presos numa manifestação de protesto nas instalações de armamentos nucleares de Oak Ridge, estado do Tennessee.
Devidamente encarcerados, a freira e seus companheiros estão sendo processados por ameaças à segurança nacional e de danos a propriedade federal.
Implicados na seção de sabotagem do Código Penal dos EUA, poderão ser condenados a até 30 anos de prisão.
O incrível é que essa “sabotadora”, que põe em risco a segurança nacional americana, tem 83 anos de idade.
Tudo que ela e seus dois companheiros fizeram foi invadir uma grande instalação nuclear para realizar um protesto simbólico, pichando paredes com frases de condenação às armas atômicas.
Mais incrível ainda foi o juiz de plantão ter denegado uma petição para que os réus fossem inocentados da acusação.
O advogado de defesa pro bono, Bill Quigley, professor de direito na Universidade Loyola, comentou essa decisão: “Nós acreditamos fortemente que eles não fizeram nada que possa ser sabotagem ou violação da segurança nacional dos EUA. A promotoria admite que a segurança nacional não foi danificada mas sua teoria é que mesmo não havendo dano, houve intenção por parte dos protestadores”.
Episódios desse tipo vem acontecendo nos EUA, onde cresce a criminalização da vida diária.