Freio na indústria da morte.

Finalmente a comunidade internacional assinou um tratado para coibir o tráfico mundial de armas.

Agora, leis internacionais condenam explicitamente a exportação de armas para países violadores dos direitos humanos e ditaduras, em geral.

Pelo menos em boa parte do mundo.

Enquanto 138 países assinaram o tratado, somente 60 o ratificaram. Mas ele entrou em vigor assim mesmo, bastavam 50 ratificações.

Em 2013, os EUA- de longe o maior exportador mundial de armas- assinaram, mas não adiantou nada. O Senado não fez a indispensável ratificação.

Pesou a posição contraria da National Rifle Association, o lobby americano das indústrias de armas, um dos mais poderosos do país.

Isso apesar de somente exportações de armas serem abrangidas, não as vendas nos EUA, o maior negócio do setor.

Os lobistas americanos criticam ainda as normas do tratado, que consideram excessivamente duras.

Na verdade, elas são comparáveis às que regulam as vendas internas nos EUA e outras democracias ocidentais.

Além dos EUA, também Rússia, China, Índia e Paquistão se recusaram a ratificar sua assinatura no tratado.

Já França, a Alemanha e o Reino Unido juntaram-se aos demais países interessados em reduzir os estragos causados pela venda indiscriminada de armas pelo mundo afora.

Claro, com a participação dos EUA e da Rússia, os efeitos seriam muito mais eficazes.

Um número maior de cidadãos vulneráveis, em países sujeitos a regimes violentos e a exércitos de ocupação, poderiam ser protegidos.

Mesmo assim, valeu à pena.

“É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão” (Confúcio).

 

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