Na semana passada, mais um soldado americano foi assassinado por soldados afegãos amigos.
Um dia depois, foi a vez dos ingleses. Um soldado do exército deles levou chumbo de “colega” afegão e morreu.
Neste ano, em 4 meses e meio, já foram vítimas de fogo amigo 22 soldados da OTAN, a maioria americanos. Uma tendência crescente, comparando com o ano passado quando, em 12 meses, 35 perderam a vida, não em combate, não às mãos de talibãs, mas via soldados de um exército que americanos, ingleses e de outros países vieram ajudar a organizar e lutar contra seus inimigos.
Teme-se que já esteja virando uma moda entre os soldados afegãos: matar soldados da OTAN, especialmente americanos.
Ironias à parte, oficiais de inteligência do Reino Unido, informaram à BBC que os talibãs querem criar um clima de desconfiança entre soldados do país e da OTAN, o que representaria grandes dificuldades para que possam trabalhar em conjunto.
O problema é tão grave que, segundo um militar afegão de alta patente, o comando do exército considera uma ameaça maior do que os ataques suicidas dos talibãs.