Em 2007, no seu Corporate Citizenship report, a Exxon – maior corporação petrolífera do mundo – informou que, a partir de 2008, não iria mais financiar grupos que negam as conseqüências das mudanças climáticas.
Esses grupos, congressistas do Partido Republicano e os lobbies são o maior obstáculo nos EUA aos esforços contra as mudanças climáticas, impedindo a aprovação de regulamentos de restrições às emissões de gazes com efeito estufa.
Durante anos, a Exxon vinha contribuindo generosamente, com cerca de 30 milhões de dólares, para eles promoverem desinformação sobre o aquecimento global, de acordo com o Greenpeace.
Foi atendendo a protestos de acionistas que a Exxon prometeu fechar seus cofres para as ações desses grupos.
Prometeu, mas não cumpriu.
Continua ajudando políticos e lobbies que negam a ameaça representada pelo aquecimento global.
De acordo com registros financeiros, congressistas republicanos contrários a ações em defesa do clima já receberam 1,4 milhão de dólares da empresa. E a Alec, um lobbie super-conservador, foi aquinhoada com 454 mil dólares para realizar seminários defendendo a bizarra idéia de que o aumento das emissões de dióxido de carbono são o ”elixir da vida”.
Atribui-se à Alec a lei proibindo os planejadores estatais da Carolina do Norte de levar em conta o futuro da elevação do nível do mar na elaboração de seus trabalhos.
A maioria dos líderes republicanos no Congresso negam as mudanças climáticas ou se opõem a ações que combatam as mudanças climáticas, de acordo com o Center for American Progress.
A Oil Change International cita alguns benefícios concedidos pela Exxon aos congressistas republicanos: 20.500 dólares, desde 2007, a Jim Inhofe, que afirmou ser o aquecimento global uma farsa, e 14.000 dólares a Roger Wicker, que, no começo do ano, foi o a único senador a votar contra resolução simbólica, que considerava a mudança climática uma realidade, não uma farsa.