60 nações assinaram o primeiro tratado internacional para regular o mercado mundial de armas.
Coibir o mercado negro de armas e sua venda a entidades não -governamentais estão entre os objetivos principais do tratado.
Embora tenha sido um dos países que mais o defenderam na assembleia geral da ONU (foi aprovado por 154 x 3 votos), os EUA não assinaram ainda.
O presidente Obama garantiu que isso será feito no decorrer deste ano, assim que for aprovado pelo congresso, como a lei exige.
Parece que ele está sendo otimista demais.
O controle internacional de armas é violentamente combatido pelo lobby das armas, o NRA (National Rifle Association), que dispõe de ,muita força no congresso americano.
Com cerca de 4 milhões de associados, o NRA é um dos mais poderosos lobbies dos EUA.
Há um mês atrás, ele conseguiu a rejeição pelo Senado de uma lei que se limitava a exigir folha corrida limpa dos compradores de armas pela internet.
Embora o tratado não interfira em nada no comercio de armas nos EUA, o NRA é contra pois não admite menos do que a liberação total tanto nos EUA, quanto dos EUA com o exterior.
No ano passado, quando as negociações para aprovação no congresso fracassaram, a NRA celebrou o resultado, clamando ter “matado o tratado da ONU”.
Depois de muitos anos de negociações de um acordo multilateral para vendas de armas, não se chegou a nada até Barack Obama ser eleito.
O presidente empenhou-se em superar oposições internas e externas.
Apesar dos seus esforços, só agora o tratado tornou-se realidade.
Será uma ironia cruel se os congressistas americanos negarem a necessária ratificação.