A comissão da ONU de investigação dos direitos humanos na guerra da Síria apresentou um novo relatório, extremamente pessimista.
“A Síria está em queda livre”, observou o presidente da comissão, Paulo Sergio Pinheiro.
A partir de meados de janeiro, aconteceram pelo menos 17 crimes de guerra, praticados por ambos os lados.
Da parte dos rebeldes, o mais grave foi o aumento dos casos de decapitação de soldados adversários e o recrutamento de crianças –soldados.
Já os governistas usaram diversas vezes armas termobáricas, que criam uma onde de explosões, aumentando as vítimas em combates corpo a corpo.
“Crimes de guerra, crimes contra a humanidade e os direitos humanos em geral continuam em grande número”, sintetiza o relatório.
Paulo Sergio Pinheiro, em nota pessoal, declarou que “crimes que chocam a consciência tornaram-se uma realidade diária.”
Por seu lado, Laurent Fabius, ministro de Relações Exteriores da França, denunciou o uso de armas químicas pelas forças do governo, anunciando que possui provas concludentes.
Barack Obama, no entanto, ainda não está convencido.
Por enquanto, a comissão de investigação de armas químicas da ONU só afirmou que certamente elas já foram usadas nos combates. Só que, provavelmente, pelos rebeldes, não pelo exército de Assad.
É oportuno lembrar que 60 nações, inclusive a França e a Inglaterra, assinaram tratado que , entre outras coisas, proíbe o fornecimento de armas para entidades não- governamentais (Obama aprova, mas ainda não assinou).
Se quiserem respeitar a lei internacional, os chefes dos governos do Ocidente não poderão enviar armamentos aos rebeldes.