Eleições em Israel: a volta de Olmert.

Aproveitando a posição favorável de seu partido nas últimas pesquisas, Bibi Netanyahu vai antecipar as eleições para o Congresso. Provavelmente para 15 de janeiro de 2013.

Se seu partido, o direitista Likud, conquistar a maioria, a idéia do ataque ao Irã será reforçada. E provavelmente, irá acontecer logo, caso Romney se eleja nos EUA.

Considera-se que o único político capaz de enfrentar Bibi seria o ex primeiro-ministro Ehud Olmert.

Ele é membro do Kadima, partido de centro que, ainda segundo as pesquisas, deve eleger poucos parlamentares.

Mas Olmert tem muito prestígio. Poderia atrair o apoio dos partidos da oposição, se resolver se candidatar.

Tudo indica que ele vai topar.

A vitória de um grupo de partidos encabeçado por Olmert, que o levaria para o posto hoje ocupado por Bibi, seria importante para o processo de paz na Palestina.

Recentemente, falando em jantar do J Stree, lobby judaico americano liberal, ele declarou que qualquer futuro acordo de paz com os palestinos deveria basear-se no que já tinha oferecido a Abbas (Chefe da Autoridade Palestina) quando primeiro-ministro, em 2008: volta aos limites anteriores a 1967 e trocas de terras.

Quanto ao status de Jerusalém, Olmert é favorável à divisão da cidade, cabendo aos palestinos a parte oriental, onde são maioria, e aos judeus, a parte ocidental mais habitada por eles.

O setor da cidade que inclui o Morro do Templo, o Morro das Oliveiras, o Monte Zion e uma série de locais cristãos sagrados seria administrada pela Arábia Saudita, Jordânia, a Palestina, Israel e os EUA.

Olmert também é a favor da interrupção dos assentamentos e de um acordo que beneficie os palestinos expulsos quando da formação do estado de Israel.

Em recente entrevista, contou que os palestinos estavam estudando seu plano.

Antes de responderem, o governo Olmert perdeu as eleições, Netanyahu assumiu o governo e o processo de paz foi pro espaço.

Voltando Olmert ao poder, o que é difícil, uma nova esperança vai se abrir para a independência da Palestina, dentro da “solução dos 2 estados.”

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