Em recente pesquisa para a presidência, realizada pela Ifop e divulgada pelo Le Figaro, Marine Le Pen, a líder da extrema-direita, ficou em primeiro lugar.
Ela derrotou os possíveis candidatos da União por Um Movimento Popular e do Partido Socialista, inclusive o presidente Hollande, em quatro diferentes cenários.
O adversário que ficou mais perto foi Juppé, ex-ministro do governo Sarkosy, batido por 24% versus 17%.
No segundo turno, porém, ela perderia para os outros, com exceção do presidente que também aqui seria derrotado.
Foi mais um sucesso para a extrema-direita, depois de colocar o maior número de representantes nas eleições do Parlamento Europeu, em maio, com 25% dos votos.
E de triunfar em 12 cidades nas últimas eleições municipais, registrando grandes votações em muitas das cidades maiores, como em Marselha, quando obteve 30% dos sufrágios.
Estes resultados refletem a grande desilusão causada pelo governo socialista de François Hollande, que venceu com a promessa de recuperar a economia e reduzir o desemprego, mas não conseguiu nada.
Por isso mesmo, ele é o presidente mais rejeitado pelos franceses em todos os tempos.
Na última pesquisa, menos de 20% das pessoas aprovaram seu governo.
Nem mesmo os socialistas estão com ele, já que as pesquisas mostram que quase a metade deles também o desaprovam.
Enquanto Hollande apresenta esse recorde nada invejável, Le Pen e seu partido, a Frente Nacional, parecem ser a última saída para muitos dos franceses, absolutamente desencantados com os partidos dito democráticos.
É um salto no escuro para um país que sempre hostilizou os partidos próximos ao fascismo, como é a Frente Nacional.
Mas depois dos fracassos dos últimos presidentes, especialmente Sarkosy e Hollande, pouco lhes resta já que temem a audácia das propostas revolucionárias da esquerda e seu líder Melenchon.