Obama garantiu muitas vezes que os EUA jamais voltariam a mandar tropas para o Iraque.
Nas pesquisas recentes, o povo americano repudiou a invasão promovida por Bush, baseada em acusações falsas, que custou centenas de milhares de vidas iraquianas.
A expansão do ISIL pode até fazer o presidente mudar de idéia.
Esse grupo radical já tomou um terço do território iraquiano, além de parte da Síria, onde fundou um califado: o Estado islâmico.
O exército do governo de Bagdá tem sido impotente para enfrentá-lo.
Somente os curdos, ao norte, que ocupam uma região autônoma do Iraque, tem conseguido opor alguma resistência.
Tanto os exércitos curdos e quanto os iraquianos não tem sido páreo para o ISIL.
Os EUA temem que, consolidando-se o Estado islâmico nas regiões ocupada, ele possa ameaçar os países vizinhos e lançar operações terroristas contra interesses americanos.
Por enquanto, a força aérea yankee vem bombardeando pesadamente o grupo extremista, em apoio às operações das forças curdas e iraquianas.
Mas Obama já admitiu que por si só sua aviação não pode vencer a guerra.
Ele espera que, com os armamentos, o apoio logístico e os assessores fornecidos pelo Pentágono, o governo de Bagdá, em conjunto com os curdos, possam derrotar seus inimigos.
Obama reitera que ficará nisso, que jamais haverá soldados americanos de volta para o Iraque.
Será mesmo?
Em entrevista à Reuters, Ahmed al-Duiami, governador de Anbar, confirmou reunião com o diplomatas e oficiais americanos, que prometeram enviar soldados americanos para lutar na província.
Foi em Anbar que o ISIL obteve seus primeiros sucessos, tomando as principais cidades, Faluja e Ramadi.
Atualmente, quase todas a província está em mãos dos radicais.
O governador de Anbar disse que a data da nova invasão americana não foi determinada, mas que seria muito breve.
Washington e Bagdá trataram o fato como se não passasse de cascata de um político querendo aparecer.