A carreira de Avigdor Lieberman, um dos falcões mais ferozes de Israel, está seriamente ameaçada.
Ele acaba de ser indiciado por um tribunal de Israel por abuso de poder e fraude.
E as coisas podem ainda piorar para ele pois o procurador-geral está analisando se deve agravar as acusações, incluindo corrupção.
Lieberman foi o Minsitro das Relações Exteriores do governo Newtanyau até meados de dezembro, quando teve de renunciar devido ao processo.
Não é a primeira vez que ele encara problemas com a justiça.
No passado, foi condenado por violenta agressão a um menino árabe de onze anos, tendo conseguido pagando uma multa.
Chefe de um partido ultra-direitista, Lieberman foi chamado de “arqui-racista” por Daphne Baran, no The Guardian; de “neo fascista”, pelo sionista Martin Peretz, no New Republic e de “um demagogo anti-árabe”, por Richard Cohen, no Washington Post , entre muitos outros jornalistas insuspeitos...
Sua trajetória política confirma esses duros críticos.
Ele defende a ideia de só se permitir que os árabes de Israel tivessem direito à cidadania caso jurassem fidelidade ao estado sionista.
Acusou os deputados árabes do Knesset que mantiveram reuniões com o Hamas de ‘colaboradores do terror”, pedindo nada menos do que sua execução, como “…os chefes do regime nazi.”
É totalmente favorável à expansão dos assentamentos.
O partido de Lieberman, o Yisrael Beiteinu, está formando uma chapa com o Likud, de Bibi Netanyahu, para concorrer às eleições parlamentares, em 22 de janeiro. Ele é o número 2, logo após o primeiro-ministro.
Suas chances de vencer, que eram absolutas, podem reduzir-se sensivelmente no decorrer do processo.
Existe uma testemunha de peso contra ele.
É Danny Ayalon, ex-vice-ministro das Relações Exteriores, que caiu em desgraça com Lieberman e por ele foi excluído da chapa do Yisrael Beitenui.
Ayalon está por dentro das coisas que aconteceram no ministério e ansioso por se vingar do seu ex-chefe.
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