Bodas da morte.

Aconteceu numa aldeia da província de Bayda, no Yemen.

Na saída de uma festa de casamento, forma-se um cortejo dos convidados, como é costume na região.

De repente, cai do céu um míssil que explode bem no meio dos veículos, matando 15 pessoas.

No alto, o agressor afastou-se: era um drone, o avião sem piloto americano  usado para eliminar terroristas. No caso, ele não fez nada disso: as vítimas de sua implacável ação foram pacíficos civis.

Os especialistas em direitos humanos da ONU perguntaram às autoridades do Yemen e dos EUA se foram os responsáveis pelo incidente.

Pergunta apenas retórica, todos sabem que os drones estão sendo largamente usados como arma pelos EUA. Claro, o Yemen é cúmplice, pois aceita e até solicita esses vôos da morte.

Pouco eficazes, aliás.

Documentos publicados pelo McClatchy News revelam que apenas 2% das pessoas que eles matam no Yemen  são líderes ou elementos de destaque da Al Qaeda.

Os demais, ou são simples militantes ou inocentes camponeses.

Esse fato foi apresentado ao Senado dos EUA em depoimento prestado por Peter Bergen, do Programa Nacional de Estudos de Segurança da Fundação da Nova America.

Referindo-se ao ataque de  Bayda, um oficial de segurança do Yemen informou à Reuters: “Um ataque de drone errou seu alvo e atingiu um cortejo de veículos num casamento. 10 pessoas foram mortas na hora e outras 5, feridas gravemente, morreram na entrada do hospital.”

Ao dirigir-se aos EUA e Yemen, os especialistas em direitos humanos da ONU também questionaram a legalidade dos drones, face às leis internacionais.

Claro, não esperam que adiante alguma coisa.

 

 

 

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