Bibi prefere a extrema-direita.

A chapa Likid-Beitenu, dos partidos que apoiam o governo Netanyahu, deverá ser a mais votada nas próximas eleições parlamentares de Israel.

No entanto, provavelmente, Bibi precisará contar com mais 2 deputados de outros partidos para conseguir atingir a maioria.

Analistas dizem que ele terá de escolher entre os ultra- direitistas partidos Shas e Bayit Yehuly (Jewish Home) e os centristas da ex-ministro das Relações Exteriores, Tzipi Livni e do ídolo da TV,  Yair Lapid.

Só para dar uma ideia do que pensa o Shas, um dos seus principais chefes, o ministro do Interior, Eli Yisshay declarou que migrantes portadores de AIDS haviam estuprado mulheres judaicas e que todos africanos, sem exceção, deveriam ser presos e, em seguida, deportados.

E explicou: “Eles (os migrantes africanos) não acham que este país pertence a nós, homens brancos.”

Já Naftali Bennetti, o líder do Bayat Yehuly, também quer os africanos fora de Israel para “preservar a pureza do estado judaico”.

Os dois partidos defendem mais assentamentos e n~çao querem nem pensar num estado palestino independente.

Acho que Netanyahu já fez sua opção ao defender a construção de novos assentamentos, em ritmo acelerado, e prometer que faria Israel ficar livre dos indesejados migrantes em curto espaço de tempo.

Há quem diga que essas declarações não seriam para valer.

Que Bibi conhece (e não deseja) a reprovação da comunidade internacional a estas posições de extrema- direita. E só as está fazendo para ganhar mais votos nas eleições de 22 de janeiro.

A verdade é que, se ele defendesse o contrário, também ganharia votos. Segundo pesquisa recente, 54% dos israelenses favorecem a independência da Palestina.

Quanto aos assentamentos, há uma nítida divisão: 43,5% são contra sua expansão e 43,4 a apoiam.

Sem perder votos, Netanyahu poderia optar por atrair os centristas, o que o levaria a uma atuação mais moderada.

Optou pela extrema-direita, provavelmente por estar mais de acordo com as suas ideias.

 

 

 

 

 

 

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