A imprensa mundial deu muito destaque às novas e eficientes centrífugas iranianas que substituíram as antigas.
Bibi Netanyahu não perdeu a chance para renovar ameaças.
Com as novas centrífugas, ele disse, o Irã vai enriquecer urânio a 20% muito mais depressa.
Breve passará a”linha vermelha”, que ele estabeleceu, ao atingir um estoque suficiente para a produção de uma pequena bomba atômica.
Portanto, a comunidade internacional precisa aplicar sanções ainda mais duras contra os iranianos e preparar-se para um inevitável bombardeio das instalações nucleares deles.
Foi um tiro na água.
Mehmanparast, portavoz do Ministério do Exterior, explicou que o Irã está mesmo enriquecendo urânio a 20% mais rápido. Só que é convertido em combustível usado no Reator de Pesquisas de Teerã para a produção de isótopos médicos.
A maior parte do urânio é enriquecido a 3,5% e destinado a produção de energia.
Tudo isso é feito sob controle da “Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).
Dessa maneira, o estoque de urânio enriquecido a 20& é constantemente reduzido, mantendo-se sempre bem abaixo da “linha vermelha” de Bibi.
Algo assim foi, aliás, confirmado por nada menos do que o Ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, em outubro do ano passado.
Na ocasião, quando se acusava o Irã de aumentar sua produção de urânio a 20% para formar um grande estoque, ele reconheceu que, embora a produção de fato tivesse aumentado, a conversão em combustível para uso pacífico mantinha os estoques baixos.
E as perspectivas de usos militares, longínquas.